domingo, 24 de maio de 2009

A escolha: bom técnico ou boa gente?

Fico com o bom técnico que é boa gente. 

Lidar com colaboradores que são excelente técnicos, mas não possuem postura comportamental adequada é uma missão árdua para qualquer gestor, independente do perfil da organização. Quando inseridas em um ambiente extremamente competitivo, muitas empresas "toleram" aqueles que, apesar de darem resultado, não conseguem manter um comportamento adequado no ambiente de trabalho. 

Toleram, mas há efeitos colaterais, geralmente sentidos pelos mais próximos: afastamentos por estresse, e, não muito raramente, eventos mais graves, como sérios distúrbios psicológicos, sofridos por aqueles que não estão habituados a trabalhar ao lado de um "profissional tóxico". Quem nunca conheceu aquele "cara do suporte técnico" que resolvia tudo, mas sempre no seu tempo e com aquele bom humor de uma leoa com TPM e unha encravada?

Mas, e se sua empresa depende de um ambiente mais "saudável" para atingir seus objetivos? Vale a pena tolerar essas pessoas? Entendo que não. O motivo é simples: existem pessoas melhores tanto dentro quanto fora da empresa. Basta querer trocar!

Geralmente, esses "profissionais tóxicos" se juntam, desagregam as equipes, minam seus pares e chefias e disseminam a discórdia pra todo lado, contaminando o ambiente de trabalho de uma forma que, via de regra, leva a empresa a sair dos trilhos, desmotivando aqueles que só querem trabalhar dignamente.

Como identificá-los? Fácil. Mapeie em um gráfico BCG as competências comportamentais (X) e técnicas (Y) dos colaboradores. Chegaremos aos quatro perfis profissionais possíveis, aqui demonstrados nos limites extremos: 

1) Excelente técnico, péssimo colega 
2) Excelente técnico, excelente colega 
3) Péssimo técnico, excelente colega 
4) Péssimo técnico, péssimo colega 

Se você depende muito dos profissionais enquadrados em (1), trabalhe para que estes desenvolvam seu lado "comportamental". Se não der resultado a médio prazo, troque-os, afinal, são "tóxicos" mesmo! 

Eu só contrataria (ou manteria) aqueles enquadrados em (2).

Aqueles que estão em (3) geralmente são os colegas "gente fina", aqueles que todos gostam e admiram como pessoa, mas geralmente não dão resultado. Vale mantê-los? Creio que dependerá do resultado global da equipe, afinal, sempre tem aqueles que trabalham por 2! 

Para os enquadrados em (4), dispenso comentários... 

Boa semana a todos!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Você sabe da última? Vou te contar...

Eufemismos à parte, pouquíssimas empresas sabem como lidar com situações que, embora possam parecer normais no dia-a-dia corporativo, revelam ser um tremendo obstáculo à manutenção de um ambiente de trabalho sadio: as FOFOCAS.

Fulano "é ruim de serviço", "é protegido do chefe", "está ficando com a Bebel do 5º andar" são assuntos do dia, da semana, do mês. Nada melhor do que sentar no barzinho da esquina pra falar mal do colega, do chefe, do Presidente da empresa. Rir é sempre bom, ainda que seja da desgraça alheia! Certo? Claro...que não!

Quando a fofoca passa do limite do engraçado, do pitoresco, ela passa a causar danos psicológicos e/ou profissionais à pessoa alvo da chacota ou do comentário malicioso, danos esses que podem ser facilmente enquadrados como assédio moral. E nem sempre o assédio ocorre no sentido "top-down", mais fácil de ser compreendido, afinal, quantos chefes estúpidos existem por ai? Grande parte do assédio ocorre entre os seus pares, meu amigo!

Muitos já ouviram a velha parábola dos "3 filtros": VERDADE, BONDADE e NECESSIDADE:
  • Você sabe se a fofoca que estão te contando é VERDADE?
  • Ao passar a fofoca pra frente você está promovendo o BEM ao colega que foi alvo da mesma?
  • Você tem mesmo a NECESSIDADE de passar pra frente esta fofoca? O que você vai ganhar com isso?
E você, já usou os 3 filtros? Experimente, não dói nada! E tenha a certeza de que você se sentirá bem melhor, como pessoa. Afinal, eu tenho a certeza de que você não veio ao mundo para ficar falando mal da Bebel do 5º andar.

O "clima organizacional" da sua empresa agradece.